Colombina, o Sonho e o Prazer...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minha alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um me da o prazer, o outro o sonho! Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu... outro fala da terra! Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade... Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente, porque a história do amor pode escrever-se assim:
Um sonho de Pierrot...
E um beijo de Arlequim!
Cristiana Carlos de Andrade
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